segunda-feira, 11 de julho de 2011

Reprovaste querido!

Sabem aquela sensação de vontade imensa de chorar? Hoje não a tenho... As minhas mãos tremem, o meu lábio implora por vibrar num movimento desesperado, mas o meu coração diz-me que hoje não vai acontecer! Que hoje tenho de ser forte, e enfrentar esta porcaria de sentimento que me tenta deitar abaixo há já tanto tempo... Estou tão farta de querer tanto e de obter um nada! Estou tão cansada de lutar por uma chama que está apagada! Estou tão farta de ser deixada para 3ºo plano enquanto pobres desconhecidas ocupam tanto do espaço que podia ser meu... Podem dizer que sou ciumenta, mas eu gosto mais de dizer que sou invejosa... Porque ciúme sente-se quando cobiçam algo que é nosso... E neste caso estão a cobiçar algo que eu nem sequer quero, apenas preciso! Não é uma necessidade, e eu estou de plena consciência acerca disso...
Mas passo a explicar a situação, para que não me apelidem de maluca ao quadrado, porque já tenho uma boa dose que chega e sobra para mim... É claro que vou contar uma história fictícia, pois problemas pessoais não são de divulgar assim... Bem... Imaginando... Estão a ver aquele estereótipo de rapaz que só se preocupa com álcool e tabaco, miúdas e sair a noite? Agora acham que conseguem imaginar o contrário? Pois bem, é isso mesmo... Aquele tipo de rapaz que consegue disponibilizar tanto carinho e tanto afeto que parece perfeito... E a verdade é que acabamos por nos afeiçoar a ele de tal forma que nunca aquela imagem dele poderá ser apagada por nada deste mundo... O problema é quando há um passado de desvarias, um passado que nos ensinou que os dois olhos têm de estar bem abertos para não se voltar a cair na tentação. E na realidade, não é difícil manter essa resistência, basta querer, e para isso não é necessário acabar-se com uma amizade tão forte... (Talvez)
Voltando à história... Imaginemos agora que esse mesmo rapaz é querido, simpático e sociável, mas que tem uma característica muito engraçada... Com todas as miúdas que conhece troca números de telemóvel e e-mails. ERRO GRAVE! Pois é... E quem o manda ser tão querido? E ao mesmo tempo tão ingénuo, que não consegue perceber que tudo o que uma rapariga quer é carinho, atenção, e chamadas de uma hora... E aquilo que no início começou com chamadas de uma hora, passa a chamadas de duas e três horas, a palavras como "és o melhor que me aconteceu", ou "és perfeito"... E parece tudo tão divertido que parece não ter importância continuar aquele comportamento, porque afinal, "ela está a gostar, não é? Estou a causar boa impressão...". Ahah, hilariante, não é? Então e quando o rapaz recebe a primeira sms a dizer "Amo-te"? Será que continua a ter a mesma piada de sempre? Não, pois não? Será que as chamadas de duas e três horas vão continuar? Não, pois não? Será que as palavras carinhosas e os sorrisos vão continuar? Não, pois não? Será que a miúda vai conseguir voltar a sorrir como dantes? Aí é que está o grande problema! Não, não vai! Será que algum dia se vai esquecer de tudo o que se passou? Não, não vai... Será que vai querer continuar uma amizade? Melhor perguntar: Será que ele consegue voltar a olhar nos olhos dessa rapariga, e dizer-lhe que tudo voltará a ser o que era dantes? É verdade... A coragem diminui, não é? A rapariga é quem chora, mas o rapaz é quem se acovarda! A rapariga é quem fica uma vida a pensar o que fez de errado, e o rapaz é quem se esquece daquelas lágrimas... É engraçado pensar na vida como um exame... Por muito que lutemos, que fiquemos acordados noites inteiras com os olhos a flamejar e com a cabeça a arder, por muito que paguemos por explicações, nada é certo, e pode sempre haver a hipótese de nunca ter sido o suficiente... E enquanto as nossas expectativas estão num 17, a nossa confiança está no auge e a nossa auto-estima atinge valores inigualáveis, a pessoa que tem o nosso exame na mão pensa e repensa como poderá ter acontecido um resultado daqueles. Entrega-nos, e quando olhamos para a nota: "Medíocre"!
Poderá tudo isto ter chegado ao Medíocre?

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