sábado, 23 de julho de 2011

"Um minuto de silêncio"

Calai
Montes
Vales e fontes
Regatos e ribeiros
Pedras dos caminhos
E ervas do chão,
Calai
Calai
Pássaros do ar
E ondas do mar
Ventos que sopram
Nas praias que sobram
De terras de ninguém,
Calai
Calai
Canas e bambus
Árvores e "ai-rús"
Palmeiras e capim
Na verdura sem fim
Do pequeno Timor,
Calai
Calai
Calai-vos e calemo-nos
Por um minuto
É tempo de silêncio
No silêncio do tempo
Ao tempo da vida
Dos que perderam a vida
Pela Pátria
Pela Nação
Pelo Povo
Pela Nossa
Libertação
Calai
-Um minuto de silêncio

Francisco Borja da Costa
Em memória daqueles que lutaram pelos seus, e morreram de arma na mão
A todos eles, um obrigado por não desistirem
A todos aqueles que agora desistem, lembrem-se da desonra que fazem a estes homens

Para todos aqueles que ainda têm esperança...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Dói tanto....

Como é que consegui fazer isto? Como é que cheguei tão longe? Como é que não foste capaz de mo dizer antes? E porquê contigo? Porque não com outra pessoa? Depois de tudo, depois do bem, depois do mal... Tanta coisa que ultrapassámos para chegar aqui, tanta coisa e tantas pessoas! E agora... Consegui estragar tudo, não foi? Ai, que raiva! Mas porque é que eu não aprendo? Estúpida! Infantil! :@
Juro-te que voltava atrás no tempo e fazia tudo diferente... Mas não posso...
Juro-te que não te daria a  mínima razão para te sentires como te sentes... Mas não posso...
Juro-te que falaria contigo antes de fazer o que fiz... Mas já passou...
Pois é... Tudo me atraiçoa! Até o tempo... Mas não tenho o direito de pôr as culpas em ninguém! Porque a culpa é minha e só minha!
Juro-te que gosto muito de ti da maneira que sempre te disse, e desculpa se não consegui demonstrá-lo... Desculpa se fui longe demais... Desculpa se exigi demasiado de ti... Desculpa se te magoei, perdoa-me! Só te peço isso, que me perdoes!
Achas que as coisas ainda podem ser o que eram, ou já é tarde demais?

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Reprovaste querido!

Sabem aquela sensação de vontade imensa de chorar? Hoje não a tenho... As minhas mãos tremem, o meu lábio implora por vibrar num movimento desesperado, mas o meu coração diz-me que hoje não vai acontecer! Que hoje tenho de ser forte, e enfrentar esta porcaria de sentimento que me tenta deitar abaixo há já tanto tempo... Estou tão farta de querer tanto e de obter um nada! Estou tão cansada de lutar por uma chama que está apagada! Estou tão farta de ser deixada para 3ºo plano enquanto pobres desconhecidas ocupam tanto do espaço que podia ser meu... Podem dizer que sou ciumenta, mas eu gosto mais de dizer que sou invejosa... Porque ciúme sente-se quando cobiçam algo que é nosso... E neste caso estão a cobiçar algo que eu nem sequer quero, apenas preciso! Não é uma necessidade, e eu estou de plena consciência acerca disso...
Mas passo a explicar a situação, para que não me apelidem de maluca ao quadrado, porque já tenho uma boa dose que chega e sobra para mim... É claro que vou contar uma história fictícia, pois problemas pessoais não são de divulgar assim... Bem... Imaginando... Estão a ver aquele estereótipo de rapaz que só se preocupa com álcool e tabaco, miúdas e sair a noite? Agora acham que conseguem imaginar o contrário? Pois bem, é isso mesmo... Aquele tipo de rapaz que consegue disponibilizar tanto carinho e tanto afeto que parece perfeito... E a verdade é que acabamos por nos afeiçoar a ele de tal forma que nunca aquela imagem dele poderá ser apagada por nada deste mundo... O problema é quando há um passado de desvarias, um passado que nos ensinou que os dois olhos têm de estar bem abertos para não se voltar a cair na tentação. E na realidade, não é difícil manter essa resistência, basta querer, e para isso não é necessário acabar-se com uma amizade tão forte... (Talvez)
Voltando à história... Imaginemos agora que esse mesmo rapaz é querido, simpático e sociável, mas que tem uma característica muito engraçada... Com todas as miúdas que conhece troca números de telemóvel e e-mails. ERRO GRAVE! Pois é... E quem o manda ser tão querido? E ao mesmo tempo tão ingénuo, que não consegue perceber que tudo o que uma rapariga quer é carinho, atenção, e chamadas de uma hora... E aquilo que no início começou com chamadas de uma hora, passa a chamadas de duas e três horas, a palavras como "és o melhor que me aconteceu", ou "és perfeito"... E parece tudo tão divertido que parece não ter importância continuar aquele comportamento, porque afinal, "ela está a gostar, não é? Estou a causar boa impressão...". Ahah, hilariante, não é? Então e quando o rapaz recebe a primeira sms a dizer "Amo-te"? Será que continua a ter a mesma piada de sempre? Não, pois não? Será que as chamadas de duas e três horas vão continuar? Não, pois não? Será que as palavras carinhosas e os sorrisos vão continuar? Não, pois não? Será que a miúda vai conseguir voltar a sorrir como dantes? Aí é que está o grande problema! Não, não vai! Será que algum dia se vai esquecer de tudo o que se passou? Não, não vai... Será que vai querer continuar uma amizade? Melhor perguntar: Será que ele consegue voltar a olhar nos olhos dessa rapariga, e dizer-lhe que tudo voltará a ser o que era dantes? É verdade... A coragem diminui, não é? A rapariga é quem chora, mas o rapaz é quem se acovarda! A rapariga é quem fica uma vida a pensar o que fez de errado, e o rapaz é quem se esquece daquelas lágrimas... É engraçado pensar na vida como um exame... Por muito que lutemos, que fiquemos acordados noites inteiras com os olhos a flamejar e com a cabeça a arder, por muito que paguemos por explicações, nada é certo, e pode sempre haver a hipótese de nunca ter sido o suficiente... E enquanto as nossas expectativas estão num 17, a nossa confiança está no auge e a nossa auto-estima atinge valores inigualáveis, a pessoa que tem o nosso exame na mão pensa e repensa como poderá ter acontecido um resultado daqueles. Entrega-nos, e quando olhamos para a nota: "Medíocre"!
Poderá tudo isto ter chegado ao Medíocre?

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Não foi uma ilusão, acredita!

Não entendo como pessoas iguais a nós alcançam o nosso coração tão rapidamente. Porque é que a fechadura para eles nunca está trancada? Como é que conseguem tornar-se tão importantes de um momento para outro? E depois, como é que conseguem magoar-nos tão facilmente? As coisas são fascinantes. De tal forma, que nem vale a pena tentar-mos entendê-las.
Às vezes ponho-me a refletir sobre os acontecimentos da vida. Pessoas que desprezávamos, que julgávamos como sendo parvas, fúteis e completamente viciadas numa vida que era o oposto da nossa, conseguem de um segundo para o outro tornar-se conhecidas, no segundo a seguir, colegas, pouco depois amigas, e algumas conseguem ainda tornar-se indispensáveis! E como é fácil desiludirmo-nos com essas mesmas pessoas. Só com aquelas de quem gostamos mais. É impressionante, não é? E o quanto custa perdoar e esquecer... Mas no fundo é a única coisa que queremos! Esquecer para que tudo volte a ser o que era! Mas com o tempo, as coisas nunca voltam ao normal, pelo contrário... O afastamento começa a ser mais e mais notório, até que, algum tempo depois, tudo se resume a um sorriso, duas palavras e um abraço frio de despedida... E damos conta de que já nada é o mesmo, e não conseguimos perceber como mudou tanto... E porque mudou tanto...
Às vezes adormeço a pensar onde é que errei... Porque realmente não consigo ver o problema em si. Só vejo olhares afastados, promessas que nunca foram cumpridas, vontades imensas de nos ver o mais longe possível... E porquê? Não correspondemos às suas expectativas? Surpresa! A vida não é como nós queremos, lamento, e as pessoas não podem mudar em função de uma apenas! Porque é tão difícil adaptarem-se? Porque é que custa tanto? Porque não se limitam a deixar as coisas como eram? Todos erramos, mas porque é que tem de ser sempre o mesmo lado a ceder? Esse mesmo lado um dia vai partir, e aí não haverá mais solução!
Começamos a pensar que tudo não passou da nossa imaginação, e que afinal, todos aqueles momentos foram apenas uma encenação daquilo que queríamos que fosse a verdade! E a nossa confiança vai desaparecendo gradualmente, e a nossa desilusão vai aumentando gradualmente...
Tenho saudades sim, saudades do ontem, e esperança, sim, esperança no amanhã.

terça-feira, 5 de julho de 2011

É fácil gostar de vós..

Hoje, ao contrário do costume, não me vou alongar com descrições imensas, querendo aumentar a beleza de um local ou de uma pessoa. Hoje, vou simplesmente dizer em poucas palavras aquilo que durante 5 dias me fez tão feliz.
Importará o local? Apenas pelo simples facto de que boa parte das gargalhadas foram dadas devido a ele, e isso é o importante.
Importará o tempo? Apenas porque nos permitiu uma bela tarde de praia em união, as mais parvas brincadeiras debaixo de um sol apetitoso.
Importará a companhia?...
Será que há algo que mais importe? Foi uma oportunidade ótima para comprovar mais uma vez a maravilhosa família que formamos. Porque são as nossas personalidades tão divergentes que nos unem tanto! Nunca ninguém se poderá gabar de passar momentos tão bons como os nossos! Nunca! Porque nós... Somos únicos! E por muito que nos queiram impedir, somos ESCUTEIROS!
Obrigada Lobitos pela vossa permanente boa disposição, pela vossa brincadeira e pelos vossos sorrisos que movem multidões!
Obrigada Exploradores pela vossa determinação, pela vossa capacidade de inventar tudo e mais alguma coisa, e pela vossa vontade de vencer que contagia todos os que vos rodeiam!
Muito obrigada Pioneiros pelo vosso companheirismo, pela vossa força, pelas vossas zangas, pelos nossos sorrisos, e sobretudo, pelas nossas lágrimas, que só demonstram o quanto custa estarmos afastados!
Obrigada Caminheiros, pela vossa maturidade, pelas vossas palavras de alento, pela vossa compreensão e pela nossa rivalidade, porque isso só nos faz crescer cada vez mais!
E finalmente, muito obrigada Chefes, por estarem sempre do nosso lado, independentemente dos erros que cometamos, por nos apoiarem quando as feridas são difíceis de curar, por não nos deixarem sozinhos em caminhos que parecem não ter fim, e principalmente, por deixarem as vossas vidas de lado para viverem connosco aquilo que é tão importante para todos nós!
A todos vocês, mil obrigadas por todos os momentos bons e maus. Aos Caminheiros que vão numas curtas férias, um até logo, porque daqui a uns anos, não resistirão em aparecerem por aí como regentes! ;)
Aos nossos Noviços de Caminheiros, um até já, pois não falta muito para mais um passo ter de ser dado por nós, e estaremos aí não tarda!
A todos, um enorme abraço, porque apesar de, por vezes, ser difícil de descrever os nossos sentimentos, o escutismo ensina-nos a libertá-los sem receios, e isso já foi mais do que provado! Adoro-vos a todos, sem excepção!

SENTEM O ESPÍRITO?