segunda-feira, 13 de junho de 2011

Presa por vontade

Vivo!

Estranho a forma como ainda consigo percepcionar os movimentos das aves, os sons da chuva, mas vivo!
Não entendo como consegui prender-me desta maneira a um passado tão fraco, tão insignificante... Assim tanto? Não sei, não vou mentir-te! Não posso afirmar que não me tenha magoado! Magoou sim! Fiquei marcada como um Mustang acabado de domar. Mas não queria ser domada! Não por ti! Não por esses olhos, não por esse sorriso. Mas a minha força desvaneceu-se assim que me agarraste a mão, travando o estalo que queria dar-te! Queria, sim, e tu sabes disso! Mas não me deixaste! Mais uma vez tiveste poder sobre mim, e eu deixei! Sinceramente, não me dei ao esforço de te resistir! Não quando tu sabias o quanto eu queria aquele momento! Aproximaste-te de mim, e uma fraqueza apoderou-se de todo o meu corpo. Baixei as defesas, e foi aí! Como sabias como destruir-me? É impressionante como as oscilações do teu humor me deitaram por terra. Completamente indefesa, completamente destroçada por, mais uma vez, me ter deixado vencer por ti!
Se vou chorar? Não, não vou! Habituaste-te demasiado a ver-me chorar pela mínima angústia. Mas isso mudou. E cada vez vai mudar mais! Chega de ser fraca! Chega de deixar-te rir de mim! A partir de agora, quem manda sou eu! E ali, deitada no chão, apercebi-me de que mais nada nem ninguém, e nem mesmo tu, voltaria a humilhar-me daquela forma! Nunca mais! Porque se ainda não tinha desistido, não foi graças a ti, e sim a mim! Porque eu sou forte, porque eu consigo ultrapassar tudo e todos, e conseguirei sempre! Nunca mais irei olhar-te nos olhos com medo de que me rebaixasses de novo. Amo-te? Se amo... O problema é tu saberes disso, e aproveitares-te desse facto para me fazeres estas feridas tão profundas. Mas felizmente, o antídoto que construí sozinha está, finalmente, a fazer efeito! E tu já não és mais que uma mera esfinge no jardim da minha memória. Fria, rígida, muda! E sabes que nada vai voltar ao que era, não sabes? Sabes que as coisas agora não vão mais estar a teu favor, não sabes? Então porque insistes? Desiste rapaz! Desiste, porque eu já desisti de ti!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Um abraço resolve...

Não sei se já to disse... Talvez ainda não tenha tido tempo, ou coragem para o dizer... Até porque não é fácil dizê-lo, não é fácil mostrar-te o quanto gosto de ti! Porque nunca me habituei a fazê-lo... Nunca senti a necessidade de chegar à tua beira e dizer-te que me fazes falta, e que preciso de ti...
Estás longe. Não te julgo por isso, faz parte do teu trabalho, mas tenho saudades de quando estávamos horas e horas a conversar sobre a escola, sobre os amigos, sobre os meus supostos "namorados", que nem se contavam pelos dedos... Do tempo em que eu sabia que não tinha de me preocupar, porque estavas bem, porque eu é que precisava do teu ombro, e não o contrário! Mas sou covarde, e ainda não consegui dizer-te que estou aqui, e que podes contar comigo! Mas tu sabes disso, não sabes? Tu sabes que continuo a ser a tua "pequenita"... Que não vou mostrar-te nunca uma lágrima, mas sim um sorriso, para te ensinar que a vida tem de ser encarada de cabeça erguida e de braços abertos para aqueles que nos querem bem! E eu quero-te bem! Se quero! O meu coração andava tão apertado, que eu nem sabia mais para que lado me virar! A dor era tão grande, e a raiva e o ódio tomaram conta de mim. Explodi! Não suportava mais saber que uma pessoa em quem eu confiava tanto me estava a roubar, aos poucos, uma das pessoas mais importantes da minha vida!
Custou, mas resisti! Determinei-me a lutar, e a pedir muito que tudo voltasse ao normal, e finalmente, uma nova luz deu sinal de si... A alegria voltou a espalhar-se no teu sorriso, e o meu sorriso ganhou um novo brilho! Finalmente voltei a ter-te por perto, disposto a dar-me força, disposto a lutar ao meu lado... Afinal, a vida traz muitas surpresas, e nem sempre são más, não é?